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Vinha de Nabot

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By Olavo Bilac
Olavo Bilac
Coletânea: Alma Inquieta

Maldito aquele dia, em que abriste em meu seio,
Cruel, esta paixão, como, ampla e iluminada,
Uma clareira verde, aberta ao sol, no meio
Da espessa escuridão de uma selva cerrada!

Ah! três vezes maldito o amor que me avassala,
E me obriga a viver dentro de um pesadelo,
Louco! por toda a parte ouvindo a tua fala,
Vendo por toda a parte a cor do teu cabelo!

De teu colo no vale embalsamado e puro
Nunca descansarei, como num paraíso,
Sob a tenda aromal desse cabelo escuro,
Olhando o teu olhar, sorrindo ao teu sorriso.

Desvairas-me a razão, tiras-me a calma e o sono!
Nunca te possuirei, bela e invejada vinha,
Ó vinha de Nabot que tanto ambiciono!
Ó alma que procuro e nunca serás minha!

  1. Maldição
  2. A um violinista
  3. Dormindo
  4. Surdina
  5. Pecador
  6. Romeu e Julieta
  7. Vilfredo: Lenda do Reno, Grandmougin
  8. Estâncias
  9. Noturno
  10. A voz do amor
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