Cubram embora as últimas montanhas
Nuvens de tempestade;
E vergue um dia os ânimos do povo
Dura calamidade;
Cobre de há muito o teu domínio estreito;
Tu mesmo abriste as portas do Oriente;
Rompe a luz; foge ao dia! O Deus dos justos
Os soluços ouviu dos teus escravos,
E os olhos te cegou para perder-te!
O povo um dia cobrirá de flores,
A imagem do Brasil. A liberdade
Unirá como um elo estes dois povos.
A mão, que a audácia castigou de ingratos,
Apertará somente a mão de amigos.
E a túnica farpada do tirano,
Que inda os quebrados ânimos assusta,
Será, aos olhos da nação remida,
A severa lição de extintos tempos!