Ouviste o márcio estrépito

E a mão lançando à espada

Foste, soldado indômito,

Vingar a pátria amada,

Do universal delírio

Aceso o coração.

 

Foste, e na luta férvida,

(Glória e terror das almas)

De quais loureiros vividos

Colheste eternas palmas,

Diga-o ao mundo e à história

A boca da nação!

 

Custa sentidas lágrimas

A glória; a terra bebe

Sangue de heróis e mártires

Que a morte ali recebe;

Da santa pátria o júbilo

Custa a melhor das mães.

 

Mas tu, audaz e impávido,

No ardor de cem porfias,

A mão dum ser angélico,

Herói, guiou teus dias;

E no amplo livro inscreveu-te

Dos novos capitães!

 

Se hoje co’as roupas cândidas

Voltou a paz à terra,

Não, não te basta o esplêndido

Louro da extinta guerra;

De outra gentil vitória

A palma aqui terás.

 

Chamam-te as musas, chama-te

A imensa voz do povo,

Que em seu aplauso unânime

Te guarda um prêmio novo;

Vem lutador do espírito,

Colhe os lauréis da paz.

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