
Mário Quintana
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Sem o coaxar dos sapos ou o cri-cri dos grilos como é que poderíamos dormir tranquilos a nossa eternidade? Imagina uma noite sem o palpitar das estrelas sem o fluir misterioso das águas. Não digo que...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
- 87 leituras
As palavras espiam como animais: umas, rajadas, sensuais, que nem panteras... outras, escuras, furtivas raposas... mas as mais belas palavras estão pousadas nas frondes mais altas, como pássaros... O...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais e ficamos repousando no fundo do mar. O mar onde tudo recomeça... Onde tudo se refaz... Até que, um dia, nós criaremos asas. E andaremos no ar como...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Eu queria escrever uns versos para Ray Bradbury, o primeiro que, depois da infância, conseguiu encantar-me com suas histórias mágicas como no tempo em que acreditávamos no Menino Jesus que vinha deixa...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Como estranhas lembranças de outras vidas, que outros viveram, num estranho mundo, quantas coisas perdidas e esquecidas no teu baú de espantos... Bem no fundo, uma boneca toda estraçalhada! (isto não...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
- 84 leituras
... mas eu queria ter nascido numa dessas casas de meia-água com o telhado descendo logo após as fachadas só de porta e janela e que tinham, no século, o carinhoso apelido de cachorros sentados. Porém...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são 6 horas: há tempo... Quando se vê, já é 6ª-feira... Quando se vê, passaram 60 anos... Agora, é tarde demais para ser rep...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Aminha alma era uma paisagem hirsuta: cactos, palmas híspidas, estranhas flores que atemorizavam (seriam aranhas carnívoras?) parecia um texto obscuro com pontuação excessiva: tudo porque me estavam a...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Sabes? Os cabelos da morte são entrelaçados de flores. Não de flores mortas como essas inertes sempre-vivas, Mas inquietas e misteriosas como os não desfolhados malmequeres Ou bravias como as pequenas...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Uns vão de guarda-chuva e galochas, outros arrastam um baú de guardados... Inúteis precauções! Mas, se levares apenas as visões deste lado, nada te será confiscado: todo o mundo respeita os sonhos de...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Perdão! Eu distraí-me ao receber a Extrema-Unção. Enquanto a voz do padre zumbia como um besouro eu pensava era nos meus primeiros sapatos que continuavam andando que continuam andando — rotos e feliz...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Não sei o que querem de mim essas árvores essas velhas esquinas para ficarem tão minhas só de as olhar um momento. Ah! se exigirem documentos aí do Outro Lado, extintas as outras memórias, só poderei...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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O que nos acontece nada tem com a gente o que nos acontece são simples acidentes que chegam de olhos fechados num jogo de cabra-cega e mesmo a morte é aquela conhecidíssima, aquela antiga brincadeira...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Nem tudo pode estar sumido ou consumido... Deve — forçosamente — a qualquer instante formar-se, pobre amigo, uma bolha de tempo nessa Eternidade... e conde — o mesmo barman no mesmo balcão, por trás a...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Um dia aparecerão minhas tatuagens invisíveis: marinheiro do além, encontrarei nos portos caras amigas, estranhas caras, desconhecidos tios mortos e eles me indagarão se é muito longe ainda o outro mu...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Aqui e ali reses pastando imóveis como num presépio a mata ocultando o xixi das fontes uma cidadezinha de nariz pontudo furava o céu depois sumia-se lentamente numa curva e a gente olhava olhava sem n...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Celeste Bogarí... em que recanto da vida esse teu nome busco? Ou te criaste apenas nos delírios mansos da minha memória? Mas eu tenho a vaga... não, Celeste, eu tenho a nítida impressão de que eras co...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Se o poeta falar num gato, numa flor, num vento que anda por descampados e desvios e nunca chegou à cidade... se falar numa esquina mal e mal iluminada... numa antiga sacada... num jogo de dominó... s...
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Eu queria trazer-te uns versos muito lindos... Trago-te estas mãos vazias Que vão tomando a forma do teu seio.
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- Coletânea: Esconderijos do Tempo
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Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor ma...
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Isto é tudo, por enquanto.